Após um reajuste nas chamadas tarifas recíprocas, entrou em vigor o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em mais de 60 países, além da União Europeia às 00h desta quinta-feira (07).
A tarifa de importação de 50% aplicada ao Brasil, começou a valer na última quarta (6). Até então, o país era o mais atingido pela medida, devido a uma sobretaxa de 40 pontos percentuais a uma alíquota de 10% que já vinha sendo aplicada sobre os produtos brasileiros importados.
No dia 30 de julho, a Casa Branca assinou a ordem executiva oficializando a tarifa e isentando 44,6% das exportações brasileiras aos EUA. O cálculo foi feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e resultou em uma lista de 694 produtos que ficaram de fora da sobretaxa. Entre eles estão aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro.
Nesta quarta (6), Trump aplicou uma tarifa adicional à Índia, por comprar petróleo dos russos, e justificou que essa negociação contribui “para a manutenção da guerra contra a Ucrânia”. Com a nova cobrança, a Índia se iguala ao Brasil com 50% de tarifa total aplicada. O país também passa a ser um dos asiáticos mais taxados pelos EUA.
O anúncio de Trump acompanhou a declaração de que mais tarifas podem ser impostas. A afirmação fez especialistas preverem uma possível nova taxa ao Brasil, visto que o país tem a Rússia como o seu principal fornecedor de fertilizantes químicos. O produto é utilizado como um tipo de adubo, para preparar e estimular a terra para o plantio.
Para o consultor Carlos Cogo, o fato do Brasil depender de determinadas importações, o torna “vulnerável” a esses tipos de aumento, e caso essa nova tarifa seja aplicada, a produção de alimentos no país poderá ser afetada, provocando aumento nos custos para o agricultor e o consumidor.
Redação CPAD News/ Com informações CBN Brasil, G1 e DW