Às vésperas do prazo para que a taxa de 50% imposta aos produtos brasileiros entre em vigor, em 1° de agosto, interlocutores do Palácio do Planalto afirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está disposto a conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Conforme divulgado, Lula aguarda que Trump atenda pessoalmente a sua ligação, mas a avaliação do Planalto é que uma possível negociação só ocorra após a tarifa tornar-se efetiva.
Nesta segunda-feira (28), os Ministérios da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; das Relações Exteriores; e a Casa Civil, entregaram à Lula um plano de contingência, a fim de ajudar empresas afetadas pelo tarifaço. A proposta está sob análise do presidente para que seja tomada uma decisão, caso os Estados Unidos não adiem a entrada em vigor da tarifa de 50%.
“Nós nos debruçamos sobre isso hoje. Os cenários possíveis já são de conhecimento do presidente [Lula]. Ainda não tomamos nenhuma decisão, porque nem sabemos qual será a decisão dos Estados Unidos no dia 1º. O importante é que o presidente tem na mão os cenários todos que foram definidos pelos quatro ministérios”, declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em Washington (EUA), um grupo de oito senadores brasileiros cumprem agenda desde segunda (28), na missão que visa abrir um canal de diálogo com congressistas estadunidenses e discutir soluções para o tarifaço.
Nesta terça-feira (29), a comitiva deve se reunir com seis congressistas, entre Republicanos e Democratas, e na quarta (30), participam de uma reunião com representantes da Americas Society/Council of the Americas, entidade que reúne lideranças da sociedade civil e do setor empresarial com foco no fortalecimento das relações interamericanas.
A aplicação de tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados foi anunciada por Donald Trump, no último dia 9 de julho, por meio de uma carta pública endereçada ao presidente Lula. Na publicação, nas redes sociais, o presidente norte-americano, justificou a medida com argumentos políticos e comerciais.
Mais à frente, Trump afirmou que as tarifas de 50% foram impostas à países com os quais o relacionamento dos EUA “não tem sido bom”. Desde então, Brasil e EUA seguem entre trocas de recados e tentativas de negociação até que o prazo para a aplicação das taxas passe a vigorar.
Redação CPAD News/ Com informações Agência Brasil e G1