Nesta terça-feira (29), o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas comparou a situação atual na Faixa de Gaza às grandes fomes do século XX, como as da Etiópia e de Biafra. Apesar da declaração sobre a crise humanitária no território, Israel segue resistente contra um cessar-fogo na região.
Segundo o diretor de emergências do PAM, Ross Smith, um terço da população não come há vários dias. A organização alertou que cerca de 470 mil pessoas vivem em condições próximas da fome. A organização calcula que seriam necessárias mais de 62 mil toneladas de alimentos por mês para atender os 2,1 milhões de habitantes do território palestino.
A entidade insiste que um cessar-fogo é a única forma de garantir o fornecimento contínuo e seguro de ajuda essencial à população. O relatório do IPC classificou a situação atual como “o pior cenário de fome já está em andamento na Faixa de Gaza”. O documento, elaborado por diversas ONG´s e agências da ONU, alerta que os lançamentos aéreos de alimentos – autorizados por Israel – são insuficientes.
Nesta terça-feira (29), o ministro israelense das Relações Exteriores, Gideon Saar, rejeitou a pressão internacional por um cessar-fogo em Gaza. Ele classificou a mobilização global como uma “campanha tendenciosa” em favor da criação de um Estado palestino e afirmou que encerrar o conflito enquanto o Hamas estiver no poder e mantiver reféns seria uma tragédia para ambos os lados.
No entanto, Israel reconhece que a maioria da população apoia um plano de libertação dos reféns.
Redação CPAD News / Com informações RFI