De acordo com os dados da Lista Mundial da Perseguição 2022, divulgada pela Portas Abertas, o sequestro de cristãos aumentou em 124% no mundo, porém só na Nigéria aconteceram 66% dos casos, resultando em 2.510 episódios.

Na maioria dos sequestros, as famílias das vítimas precisaram se reunir para arrecadar o valor do resgate, já que o governo não tomou medidas concretas para a libertação dos reféns.  Com a falta de eficiência das autoridades, a prática foi se tornando cada vez mais comum, e os sequestradores passaram a se aproveitar ainda mais da situação.

No entanto, no último dia 28 de abril, o Senado da Nigéria aprovou uma lei que prevê punição de 15 anos de prisão as pessoas que pagarem resgate em sequestros. Segundo a norma, caso a vítima morra no cativeiro, os criminosos podem ser sentenciados à pena de morte.

Para entrar em vigor, o projeto de lei será debatido na Câmara dos Deputados, e se aprovado, seguirá para assinatura pelo presidente Muhammadu Buhari.

O presidente do Comitê Jurídico de Direitos Humanos do Senado, Opeyemi Bamidele, afirmou em entrevista que o objetivo da nova lei é, “desencorajar o pagamento de resgate na crescente onda de sequestros e raptos na Nigéria, que está se espalhando rapidamente pelo país”, disse.00

Porém, os líderes de operação da Portas Abertas estão preocupados com a nova lei. “Nós não podemos imaginar a difícil posição das famílias dos reféns. Elas tentam de tudo para salvar seus entes queridos com os recursos que têm. Nós renovamos a recomendação de que o governo crie uma ligação com as famílias para manter um canal claro de comunicação, informando e assistindo aquelas traumatizadas pelos sequestros. Nós encorajamos o governo a andar próximo dessas famílias para descobrir todas as opções apropriadas para garantir um resgate segura dos seus entes queridos”, explica o líder de trabalho na África.

Com informações Portas Abertas

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