Em anúncio oficial, a Organização das Nações Unidas (ONU) comunicou sobre a existência de uma fome severa na Cidade de Gaza. O posicionamento aconteceu após a confirmação de especialistas da Classificação Integrada de Fases da Segurança Alimentar – CIF que, aproximadamente, 500 mil pessoas da região estavam em situação considerada “catastrófica”. As acusações foram negadas por Israel, nesta sexta-feira (22), que afirmou que o relatório fazia parte de uma “campanha fraudulenta” organizada pelo grupo terrorista Hamas.
A CIF é um mecanismo internacional apoiado pela ONU que avalia de forma padronizada a gravidade das crises alimentares em todo o mundo e, em casos extremos, classifica oficialmente a ocorrência de fome. “A diplomacia israelense acrescentou que ‘todo o documento da CIF é baseado em mentiras do Hamas lavadas por meio de organizações'”, afirmou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores de Israel.
O diretor do Escritório de Assuntos Humanitários da ONU, Tom Fletcher, acusou Israel de obstruir a entrada de alimentos no enclave palestino. O Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, também culpou diretamente o governo israelense pela situação. Ele disse que “é um crime de guerra utilizar a fome com fins militares” e que mortes decorrentes da escassez podem ser classificadas como “assassinato intencional”.
Redação CPAD News / Com informações Gazeta do Povo
