Aos 16 anos, o Alim já sabe o que é ser perseguido por sua fé. Ele relatou a Missão Portas Abertas, que sua alegria por ter começado a estudar na escola se transformou em um trauma após sofrer retaliações dos alunos, professores e até diretor da instituição.
Na escola integral na Ásia Central, todos os estudantes, exceto Alim, eram islâmicos e faziam o namaz (as cinco orações muçulmanas diárias) no dormitórios. Por ser o único a não participar desse momento, isso chamou a atenção dos colegas, que questionaram sobre a religião do rapaz.
Alim sempre gostou de compartilhar sobre o Evangelho e não exitou em falar sobre Deus. Ele respondeu várias perguntas dos outros adolescentes, mas alguém o denunciou para o diretor, que chamou para uma conversa.
“Ele perguntou com agressividade sobre minha fé: ‘Por que você fala só sobre Jesus e o Evangelho? Por que rejeita o Alcorão e o Islã? Quem mandou você para esta escola para converter os alunos?'”, relatou o menino.
Após o interrogatório, o diretor ordenou que fizessem uma busca no quarto de Alim e que ele fosse vigiado. Além disso, o adolescente foi proibido de manter contato com a família e também sofreu punições por parte dos professores.
“Alguns me oprimiam, eram cruéis comigo. Eles me davam tarefas a mais para que eu falhasse, para que ficasse cansado. Ainda assim, tentei fazer o meu melhor, não discuti”, afirmou ele.
Apesar de toda perseguição, Alim percebia que estava gerando frutos entre eles. “Alguns professores me procuravam em segredo para perguntar sobre minha fé, compartilhavam suas dificuldades e perguntavam: ‘Como seu Deus pode me ajudar?’”, contou.
Essa percepção também alcançou o diretor, que tomou a decisão de chamar os pais do aluno e comunicar a a expulsão de Alim da escola.
“Seu filho é um bom aluno, mas está compartilhando o Evangelho com alunos e até professores. Ele está rejeitando a verdadeira fé do Islã. Vou fazer uma denúncia contra vocês à administração da cidade. Vocês criaram Alim como um líder forte, ele consegue convencer qualquer um. Se eu conversasse mais com ele, eu também acreditaria. O levem daqui!”, afirmou o diretor.
Alim realmente era visto como líder, inclusive por seus pais. Foi ele quem evangelizou o casal e os ganhou para Jesus.
“Ficamos muito abalados ao ouvir todas essas palavras ruins sobre nosso filho, mas ao mesmo tempo nos sentimos encorajados. Até essa pessoa que perseguiu nosso Alim testemunhou que nosso filho de 16 anos se tornou um líder forte, convicto do que acredita”, declarou a mãe.
Ela compartilhou que, como família cristã, eles já enfrentaram muita pressão, mas esta foi a primeira vez que aconteceu diretamente com o adolescente, que é o mais novo dos outros quatro filhos do casal.
A perseguição no ambiente escolar afetou tanto o jovem cristão, que o fez enfrentar problemas de saúde, como fortes dores de cabeça e perda de cabelo.
Alim já está frequentando outra escola, e apesar de não ter acesso a algumas matérias que gostaria de continuar estudando, ele conta que lá “o nível de ensino também é muito bom” e que, “mesmo depois de um período tão estressante, quando fui expulso por causa da minha fé e sofri por acreditar em Jesus, não consigo parar de falar sobre ele com as pessoas”, disse ele.
Redação CPAD News/ Com informações Portas Abertas e Guiame


