A valorização e respeito à mulheres é praticamente inexistente quando se trata de mulheres cristãs em locais onde há perseguição religiosa. De acordo com a Portas Abertas, mulheres e meninas cristãs que vivem em um dos países elencados na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2024, são perseguidas duplamente, tanto por ser mulher, como por ser cristã.

Em algumas culturas, pessoas do gênero feminino são tratadas como objetos que pertencem aos homens da família, sejam pai, marido, irmão, tio ou primo. Eles têm o direito legal sobre a menina ou mulher, inclusive o de castigá-las ou matá-la. Quando essas mulheres decidem deixar a fé dos antepassados para seguir a Jesus, a situação pode ficar ainda pior e na maioria dos casos, elas não têm a quem recorrer.

A violência contra as mulheres cristãs costuma ser por meio de sua desonra sexual e familiar. Elas costumas ser forçadas a se casar ou divorciar, são agredidas sexual, física e psicologicamente e raptadas.

De acordo com os dados da LMP 2024, em 84% dos paises onde há perseguição religiosa, as mulheres e meninas cristãs têm maior risco de serem obrigadas a se casar com homens da religião predominante no local. Em diversos casos, elas são coagidas a se casar com muçulmanos mais velhos que tenham algum tipo de autoridade religiosa ou sejam comprometidos com a fé, forçando-as a abandonar o cristianismo.

Quando casadas, muitas são obrigadas a se divorciar, a deixar sua casa e família e perdem a guarda dos filhos. O objetivo é que elas percam o respeito social, e sem o apoio e a proteção de um homem da família ficam mais sujeitas à violência física e sexual por parte de vizinhos, criminosos e fanáticos religiosos.

As mulheres casadas com cristãos também não estão isentas de todos esses ataques, algumas são atacadas física e sexualmente justamente para atingir os homens cristãos. Há inúmeros relatos de casos de sequestros de esposas e filhas de pastores ou líderes de igrejas que se tornam escravas sexuais e muitas vezes são obrigadas a se casar com integrantes de grupos extremistas.

A situação de meninas e mulheres cristãs que vivem em regiões de guerras, como no Sudão e Síria e conflitos armados no México, Colômbia e África Subsaariana, é ainda mais crítica. A violência sexual é uma tática de guerra que busca dominar, submeter, oprimir e espalhar o terror. Nesse contexto, a falta de um Estado para coibir os crimes e punir os agressores pode criar uma cultura de impunidade, que normaliza a violência e inibe as denúncias.

 

Com informações Portas Abertas

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