Desde o último sábado, 6 de abril, o empresário Elon Musk, dono da rede social Twitter/X, publicou em sua rede questionamentos relacionadas às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, em desativar, com base no “Inquérito das Milícias Digitais”, perfis de pessoas ligadas ao espectro politico de direita no Brasil. Esses questionamentos vieram na esteira das denúncias denominadas “Twitter Files Brasil”, feitas pelo jornalista e escritor norte-americano Michael Shellenberger, que, com base em documentos secretos do Twitter/X trazidos a público, acusam o judiciário brasileiro de promover a censura em nosso país.

No domingo, 7 de abril, Musk, que também é dono da Tesla e da SpaceX, subiu ainda mais o tom, declarando que o juiz brasileiro “traiu descarada e repetidamente a Constituição [brasileira] e a população do Brasil”, e acrescentou que “ele deveria renunciar ou sofrer impeachment”. Musk afirmou que estava suspendendo todas as restrições no Twitter/X impostas pelo ministro, que teria também, segundo ele, ameaçado prender seus funcionários e bloquear o Twitter/X no Brasil se essas restrições não fossem cumpridas. Segundo Musk, que é um forte defensor da liberdade de expressão, ele suspenderá as restrições porque “princípios são mais importantes que lucro”.

Em represália, o ministro Alexandre de Moraes incluiu neste domingo Musk no “Inquérito das Milícias Digitais” e determinou que o Twitter/X pague uma multa diária de 100 mil reais por cada perfil que voltar ao ar. Como Musk prometeu não cumprir as determinações, o Twitter/X pode ser bloqueado no país a qualquer momento. Se isso acontecer, o Brasil se unirá a China, Coreia do Norte, Rússia, Irã, Turcomenistão e Mianmar como os únicos países onde o Twitter/X é proibido. Vale ressaltar que todos esses seis países são ditaduras.

 

Da Redação CPADNews

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