Na semana passada, esta editoria falou sobre como manter o coração saudável e como evitar o infarto que tem causado muitos óbitos. O tema a ser abordado hoje (2) será a obesidade, condição médica causada pelo acúmulo de gordura localizada em diferentes parte do corpo. De acordo com o Ministério da Saúde, ela é caracterizada como uma doença crônica quando há um excesso de tecido adiposo, principalmente na região abdominal.
Uma das principais causas da enfermidade é o consumo exagerado de calorias proveniente de alimentos. O acúmulo de gordura acontece quando há um desequilíbrio entre a energia que é inserida no corpo por meio das refeições e a energia que é gasta pelo corpo nas atividades diárias.
A obesidade é diagnosticada por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), que é feito por meio da divisão do peso (em kg) pela altura (em metros) ao quadrado. O valor alcançado é inserido em uma tabela que possui valores para abaixo do peso normal, dentro do peso normal, acima do peso, obesidade grau I, obesidade grau II e obesidade grau III. A obesidade infantil também é determinada pelo IMC (com valores de referência que são diferentes dos adultos), sendo que essa condição precisa ser observada com atenção médica.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a obesidade já atingiu cerca de 18,9 % da população brasileira. Existem diferentes tipos de obesidade, a de grau I é considerada obesidade leve; a de grau II é a obesidade moderada e a de grau III é a obesidade mórbida.
Outros tipos de obesidade incluem a primária, que acontece quando a causa é o consumo excessivo de calorias, e a secundária, quando o sobrepeso é causado por conta de alguma doença ou condição médica.
Os tipos de obesidade também referem-se à forma onde o acúmulo de gordura está localizada dentro do corpo do indivíduo. Na obesidade homogênea, o paciente apresenta uma certa proporção entre a quantidade de gordura nos membros inferiores e nos membros superiores.
Na obesidade androide há um acúmulo excessivo de gordura na parte abdominal e no tórax, mais comum em pacientes do sexo masculino. Já a obesidade ginecoide é mais comum para pacientes mulheres, e se mostra como um acúmulo maior de gordura nos quadris, coxas e pernas.
A obesidade também pode ser causada por doenças diversas. Ela pode ter causas psicológicas e emocionais, como as compulsões alimentares. Outra causa possível para a obesidade é o fator genético. A pessoa obesa pode apresentar diabetes, pressão alta, apneia do sono, aterosclerose, trombose, varizes, distúrbios no ciclo menstrual (nos pacientes do sexo feminino), além de problemas cardiovasculares diversos.
Quando o paciente obeso passa a apresentar complicações em sua vida cotidiana, o ideal é que ele visite um médico que pode indicá-lo para um tratamento especializado. Um endocrinologista, um nutricionista e um médico da medicina esportiva podem, por exemplo, ajudá-lo a iniciar em um novo estilo de vida, que pode fazê-lo perder peso. Em alguns casos, há a possibilidade do paciente ser submetido a uma cirurgia bariátrica, indicada nos casos de obesidade grave ou associada a diversas complicações quando o tratamento clínico não foi eficaz.
O tratamento possui diversas etapas como medicamentos sob orientação médica; dieta saudável; atividade física; acompanhamento pelos profissionais da saúde; e cirurgia bariátrica. A prevenção é fundamental para reduzir o risco de desenvolver essa condição de saúde grave e suas complicações associadas.
Obs: Os assuntos tratados nessa editoria seguem uma linha informativa, e a mesma não se responsabiliza em tratar diagnósticos. Em caso de apresentação de algum sintoma, um médico especialista deverá ser consultado.
Por Ezequias Gadelha / Com informações: Ministério da Saúde, Biblioteca Virtual em Saúde