Dois iranianos condenados por supostas acusações de blasfêmia, foram executados no Irã, nesta segunda-feira (8).

Presos em maio de 2020, Yusef Mehrdad e Sadrullah Fazeli Zare receberam a condenação de enforcamento, em abril de 2021, por compartilhar conteúdo que “insultava as santidades islâmicas” e “insultava o Profeta”.

Segundo a Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos (USCIRF), as autoridades condenaram os dois após descobrirem que ambos eram membros de um canal do Telegram intitulado “Crítica da superstição e religião”.

De acordo com relatórios, enquanto permaneceram na prisão, os dois tiveram visitas familiares e telefonemas negados e, em alguns momentos, foram mantidos em confinamento solitário.

Mehrdad e Zare deixam vários familiares, incluindo três filhos e uma mãe idosa, respectivamente.

Conforme dados de um Grupo de Direitos Humanos do Irã, o número de execuções no Irã  aumentou 75%  em 2022 – e com mais de 200 prisioneiros já executados desde o início deste ano, alguns estimam que o Irã está a caminho de bater o recorde do ano passado .

De acordo com  o banco de dados da USCIRF, mais de 150 indivíduos estão atualmente detidos ou presos pelo governo iraniano por causa de suas crenças religiosas. A International Christian Concern (ICC), que presta assistência e apoio à cristãos perseguidos em todo o mundo, destaca que, “muitos desses prisioneiros enfrentarão sentenças de prisão extremamente longas, confinamento solitário, falta de acesso a representação justa e, na pior das hipóteses, pena de morte”.

Com informações International Christian Concern (ICC) e CNN

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