Novo relatório da Anistia Internacional aponta o exército de Mianmar como o responsável por “nova onda de crimes de guerra e possíveis crimes contra a humanidade” nos estados de Kayin e Kayah, onde a maioria da população é cristã.

O documento apresenta casos de ataques indiscriminados contra civis, tortura e execuções extrajudiciais, saques e incêndios de casas repetidamente em algumas vilas, que ficaram abandonadas.

De acordo com a organização, ao menos 19 vilas foram atacadas entre os meses de janeiro e março de 2022,  e no mínimo oito igrejas foram deterioradas em ataques no estado de Kayah.

Em meio aos ataques e bombardeios, milhares se deslocaram no Leste de Mianmar, e diversos edifícios de casas, escolas, clínicas médicas e igrejas ficaram destruídos

Atualmente, o país está em 12º lugar na Lista Mundial da Perseguição, onde a Portas Abertas classifica os 50 países mais hostis aos cristão.

A Portas Abertas destaca que, os cristãos no país não são atacados apenas por causa da fé em Jesus, mas também por serem “vistos como colaboradores dos grupos armados que se opõem ao governo”. Além disso, a organização também cita como motivo, suas origens étnicas, por se reunirem para os cultos e por abrigarem refugiados na igreja.

No mês de maio, uma igreja foi incendiada em Thantalang, cidade localizada no estado de Chin, oeste de Mianmar. A região também é considerada predominantemente cristã, e ficou deserta após meses de bombardeio, que resultou em nove igrejas destruídas, conforme relatado pela UCANews.

 

Com informações Porta Abertas

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