Após o Itamaraty ter ignorado a indicação do diplomata Gali Dagan para assumir a embaixada em Brasília, Israel anunciou que irá “rebaixar” as relações com o Brasil. O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores daquele país nesta segunda-feira (25).
Tecnicamente, o Brasil não teria se recusado a conceder o “agrément“, concessão de uma autorização necessária do país que o recebe, de praxe em todas as relações entre países. Em relações internacionais, a atitude é vista como equivalente a uma recusa.
Segundo o The Times of Israel, a indicação de Dagan foi retirada. Israel acrescentou que não vai submeter um novo nome ao Itamaraty e declarou que as relações com o Brasil serão conduzidas “em um patamar inferior diplomaticamente”.
O assessor da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim disse que a atitude brasileira é uma resposta ao tratamento recebido pelo representante em Tel Aviv, alvo de “humilhação pública” em 2024. “Não houve veto. Pediram um agrément e não demos. Não respondemos. Simplesmente não demos. Eles entenderam e desistiram. Eles humilharam nosso embaixador lá, uma humilhação pública. Depois daquilo, o que eles queriam?”, disse.
Redação CPAD News / Com informações G1