O ser humano está em busca constante por um corpo saudável, mas até que ponto esses cuidados são considerados normais? O nosso tema será um dos transtornos alimentares mais conhecidos que é a anorexia. Além deste, ainda existem a bulimia e a compulsão alimentar.
Talvez muitos estejam se perguntando agora: “Será que eu estou no peso ideal?” ou “Como faço para descobrir?” Segundos os nutricionistas, é necessário calcular o Índice de Massa Corporal (IMC), onde se divide o peso do paciente pela altura elevada ao quadrado. É considerado peso normal, quando o resultado do IMC do indivíduo está entre 18,5 e 24,9.
O desejo excessivo, ilimitado e sem controle de emagrecer e manter um determinado padrão de beleza é chamado de anorexia, um transtorno alimentar que pode afetar pessoas de ambos os sexos. O termo anorexia deriva do grego “an-“, deficiência ou ausência de, e “orexis“, apetite. Anorexia também significa aversão à comida, enjôo do estômago ou inapetência. As primeiras referências a essa condição surgem com o termo fastidium em fontes latinas da época de Cícero (106-43 aC.).
Algumas profissões estão no grupo de risco para o desenvolvimento dessa doença como bailarinas e atletas como ginastas, fisioculturistas, patinadores, esquiadores e lutadores, Para esses profissionais, o peso é um aspecto importante para o desempenho.
Em entrevista ao G1, a psicóloga clínica e integrante do Núcleo de Atenção aos Transtornos Alimentares (Nata) no RJ, Victoria Talbot, afirmou que a anorexia “consiste em um medo mórbido de engordar, isso leva a pessoa a ter um comportamento extremamente restritivo, chegando a um peso e um IMC abaixo do considerado saudável para altura e idade da pessoa”.
Segundo ela, todos os transtornos alimentares têm tratamento, que precisam ser realizados por uma equipe multidisciplinar. Além disso, a psicóloga informou que 80% dos transtornos são diagnosticados na adolescência.
Fatores predisponentes da anorexia: o principal fator de risco é ser do sexo feminino (3 a 4 mulheres para 1 homem); a obesidade na infância pode ser considerada um fator de risco para o transtorno alimentar (TA); a genética pode aumentar a chance de outros familiares sofrerem com esses transtornos; relações familiares muito rígidas e disfuncionais em que é dada uma grande importância à aparência; traços psicológicos dos indivíduos como: baixa autoestima, perfeccionismo, autocrítica acentuada; valores culturais sobre o tamanho e a forma do corpo; e profissões ligadas ao corpo.
Segundo o Ministério da Saúde, os sinais e sintomas de pessoas com anorexia: realização de dietas que se tornam cada vez mais restritivas com o passar do tempo, observação constante das embalagens de produtos e contagem de valor calórico, isolamento para não se alimentar junto da família, comportamento de se pesar e medir o corpo com frequência. Ainda de acordo com a pasta, mais de 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum distúrbio alimentar.
Obs: Os assuntos tratados nessa editoria seguem uma linha informativa, e a mesma não se responsabiliza em tratar diagnósticos. Em caso de apresentação de algum sintoma, um médico especialista deverá ser consultado.
Por Ezequias Gadelha / Com informações Ministério da Saúde, G1 e Ge


