O governo norte-coreano tem utilizado a programação da mídia local para intensificar ainda mais a sua doutrinação. Kim Jong-un declarou em um artigo recente do jornal estatal Rodong Simun, após o tufão Khanun ter atingido o país no mês de agosto, que objetos de adoração à família Kim devem ser protegidos a qualquer custo.

O líder do Estado iniciou afirmando que para o Partido, “a vida das pessoas é mais valiosa do que qualquer outra coisa. Tudo nessa terra só existe para garantir a segurança e saúde das pessoas”, disse ele, completando porém, que, “é de suma importância preservar os retratos e estátuas dos nossos grandes líderes e protegê-los a qualquer custo. Devemos clamar por misericórdia a eles em meio aos tufões e enchentes”, afirmou Kim.

Tido como Estado teocrático, por alguns especialistas, a Coreia do Norte aguça cada vez mais a idolatria de seus líderes “e exige que as pessoas se curvem com profunda reverência diante desses objetos feitos por mãos humanas”, observa irmão Simon*, responsável pelo trabalho da Portas Abertas com norte-coreanos.

Os moradores e comerciantes são obrigados a exibir um retrato dos líderes na parede e a polícia faz inspeções surpresas para conferir se esses quadros estão bem conservados. A Portas Abertas destaca que em uma ocasião de incêndio, é esperado que as pessoas sacrifiquem a própria vida para salvar os retratos.

O doutrinamento começa desde os primeiros anos de vida. Na tv, programação infantil apresenta como “fato histórico” que os líderes norte-coreanos derrotaram os imperialistas estadunidenses. Em um outro programa também voltado para o público infantil, crianças aparecem sacrificando a vida em prol do “grande Kim”.

O governo domina todos os meios de comunicação, seja televisão, rádio, jornais e programas de entretenimento, com a finalidade de afastar a influência do Ocidente, o que inclui o cristianismo.

 

*Nomes alterados por segurança.
Com informações Portas Abertas

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