Minutos após a oposição, que protestava contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, desocupar o plenário principal da Casa, senadores aprovaram o projeto que atualiza a tabela mensal do Imposto de Renda para Pessoa Física, em sessão deliberativa na manhã desta quinta-feira (7).
A proposta mantém a isenção de IR para quem ganha até dois salários mínimos, o que corresponde atualmente à R$ 3.036. Com o aumento do salário no início deste ano, o grupo que já era isento em anos anteriores, perderia a isenção na próxima declaração devido ao valor da tabela que tinha ficado defasado.
O texto já havia sido analisado pela Câmara e segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Outro projeto sobre isenção do Imposto de Renda dos brasileiros está sendo discutido pela Câmara dos Deputados. Este visa ampliar isenção daqueles que recebem até R$ 5 mil mensais e prevê descontos na cobrança para quem ganha até R$ 7.350.
A proposta ainda não tem data prevista para ser votada pelos deputados, mas só após isso seguirá para análise do Senado. Porém, a expectativa é que o tema seja tratado com agilidade, visto que é uma das prioridades do governo, que almeja que a nova regra esteja valendo já em 2026, ano eleitoral.
Desocupação na Câmara dos deputados
Após 30h de ocupação, parlamentares da oposição deixaram o plenário e afirmaram ter fechado acordo com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Nas redes sociais, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), declarou que houve “o compromisso de votação de projetos da anistia e do fim do foro privilegiado já na próxima semana”.
No entanto, aliados de Motta negam que acordo tenha sido feito e relatam que o único avanço teria sido o “compromisso estabelecido pelo União Brasil e pelo PP de manterem uma obstrução regimental até discutir as duas pautas”, segundo o CNN Brasil.
Ao conseguir iniciar os trabalhos no plenário, na noite desta quarta-feira (6), Motta abriu a sessão da Casa, mas não houve votação. Na oportunidade, ele ressaltou a necessidade de diálogo.
Nesta quinta (7), a presidência da Câmara se pronunciou sobre as duas versões que vinculam sobre uma possível negociação de contrapartidas envolvendo pautas da Casa.
“A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não está vinculada [sic] a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”, afirmou Hugo Motta, que também declarou que o final desta quinta-feira, deverão ser tomadas providências relacionadas aos deputados envolvidos na ocupação.
Redação CPAD News/ Com informações G1 e CNN Brasil