Após curto período de liberdade em casa, pastor Yousef Nadarkhani enfrenta novamente a prisão de Evin, na capital Teerã. Ele cumpre uma pena de seis anos de reclusão, sentenciada em julho de 2018 inicialmente em dez anos de prisão.

Yousef foi acusado de “agir contra a segurança nacional ao plantar igrejas domésticas e promover o cristianismo sionista”, e já chegou a receber sentença de morte por apostasia.

Em 15 de abril deste ano de 2022, o pastor teve a oportunidade de sair da prisão pela primeira vez. Mesmo após pagar fiança de 300 milhões de tomans (aproximadamente 11.500 dólares), sua licença foi adiada em sete dias. Os filhos do pastor Nadarkhani não têm acesso à escola enquanto o pai está preso e um deles foi agredido por um agente que prendeu o pai, há quatro anos.

A Comissão Internacional pela Liberdade Religiosa dos Estados Unidos (USCIRF) recomendou que o Irã continuasse na lista de “Países de Particular Preocupação” por “sistemáticas, ativas e graves violações à liberdade de religião”. A Comissão apoiou a breve licença do pastor Yousef, mas insiste em sua completa e permanente liberdade.

Nadine Maenza, membro da USCIRF, disse: “A licença do pastor Nadarkhani, que esteve preso e doente, é um gesto amistoso bem-vindo e aguardado há muitos anos. Contudo, pedimos ao Irã que liberte definitivamente o pastor Yousef e todos os outros que foram presos por causa da fé”.

Em fevereiro, o pastor e outros quatro cristãos presos foram contaminados em um surto de COVID-19 na prisão. Nesse período, Yousef disse que só aceitaria a licença temporária da prisão se os cristãos presos com ele saíssem também, mas esse pedido foi negado.

Ele teve a chance de voltar para casa e passou duas semanas em Rasht com sua esposa, Tina, e os filhos, Danial e Youeil. Mas logo foi detido e os deixou mais uma vez. Apesar dos pedidos das entidades que defendem a liberdade religiosa, ele continua preso.

De acordo com a Portas Abertas, a prisão é arbitrária pois não tem base legal, “limita os direitos civis, não permitiu um julgamento justo e é baseada em discriminação por crença” relata a organização.

A USCIRF também afirma que as alegações contra o pastor são falsas e que ele foi agredido fisicamente.

Com informações Portas Abertas

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