Nesta quarta-feira (21), o papa Leão XIV renovou o seu apelo para que Israel permita a entrada de ajuda humanitária justa na Faixa de Gaza. O conclave classificou a situação como “ainda mais preocupante e triste”.
Durante sua primeira audiência geral semanal na Praça de São Pedro, o papa ainda destacou que o “alto preço [dessas hostilidades] é pago por crianças, idosos e doentes”, disse ele.
Após mais de dois meses de bloqueio, Israel afirmou que permitiria a entrada do primeiro caminhão com suprimentos em Gaza, na segunda-feira (19).
A ONU afirmou ter recebido a autorização para que cerca de 100 caminhões de ajuda humanitária entrasse no território. No entanto, até terça (20), as Nações Unidas ainda não tinham informações se ajuda teria sido distribuída.
Tom Fletcher, diretor de ajuda humanitária da ONU, alertou que a quantidade liberada é apenas “uma gota em um oceano”. De acordo com as informações do órgão, é necessário cerca de 500 caminhões de suprimentos por dia, entre ajuda humanitária e bens comerciais, para atender a população de, aproximadamente, 2,3 milhões de pessoas.
Enquanto o tempo passa e os alimentos ficam mais escassos, aumenta a preocupação com as crianças, bebês e idosos na Faixa de Gaza. Segundo a previsão de Fletcher, é possível que 14 mil bebês possam morrer nas próximas horas, caso a ajuda humanitária suficiente não entre no território.
Nesta quarta (21), a agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) afirmou que um de seus complexos, localizado a três horas de Gaza, está abastecido com alimentos para 200 mil pessoas, medicamentos para 1,6 milhão, cobertores, kits de higiene e materiais escolares. Eles estão no aguardo da liberação de entrada no território para levar esses suprimentos. “As pessoas em Gaza precisam de tudo. Os suprimentos precisam entrar agora”, afirmou a agência.
Redação CPAD News/ Com informações CNN Brasil e G1