Nesta sexta-feira (14), completará nove anos que membros do grupo extremista islâmico Boko Haram invadiram a escola pública secundária GGCSS no estado de Chibok, Nordeste da Nigéria , e sequestraram 275 meninas. Na ocasião, os criminosos se passaram por soldados do governo enviados para proteger as alunas.

47 meninas conseguiram escapar no mesmo dia do rapto, ou pouco tempo depois, e outras 103 foram libertas no decorrer dos últimos anos. No entanto, 96 jovens ainda permanecem desaparecidas e seus pais não perderam a esperança de reencontrá-las.

Apesar da fé que nutrem, a Portas Abertas descrevem a espera dos pais “como uma morte lenta e asfixiante que os desgasta dia após dia”. Yakubu Nkeki, representante da Associação de Pais das Meninas de Chibock explica: “Perdemos 38 pais nos primeiros três anos após o sequestro. Mesmo doenças mais simples, como pressão alta, ceifam a vida dos pais angustiados. Eles sentem muita dor”, relata.

Ishaya, um dos pais que ainda mantém a esperança de reencontrar com a filha, conta que não há um dia em que ele não olhe o retrato da filha com saudade e preocupação com o que ela deve estar passando. “Se nossas meninas morreram, queremos saber. Precisamos ser informados. Somente assim poderemos parar de esperar”, afirma ele.

Uma das mães também confirma que segue com esperanças. “Não tivemos nenhuma novidade até agora. Como mãe, me recuso a aceitar que minha filha está viva ou morta a não ser que isso seja confirmado por fontes confiáveis”, diz.

Além de manterem a fé no retorno das filhas, os pais lutam ainda, para que elas voltem para casa após serem resgatadas. A reinvindicação se dá, pelo fato de, até o momento, as jovens estarem sendo obrigadas a ficar sob tutela do governo quando são encontradas.

Segundo as informações, elas precisam encarar todos os dias os abusadores que foram presos ou rendidos, que ficam no mesmo local.

No abrigo, as meninas podem usar telefones e conversar com os pais. Elas também têm conseguido contatar líderes das igrejas locais para compartilhar as dificuldades e pedir ajuda em oração.

Ore para que Deus console e dê força aos pais que aguardam notícias sobre as filhas.

 

Com informações Portas Abertas

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