Além da grave crise humanitária, que faz da Somália um dos países mais pobres e frágeis do mundo, o país é o segundo na Lista Mundial da Perseguição 2023, onde a Portas Abertas classifica os lugares mais perigosos para um cristão viver.

A população somali é fortemente afetada pela limitação de oportunidades econômicas, instabilidade administrativa, intensos conflitos internos, como disputas de poder e territórios, o clima quente e seco e desastres naturais. Localizado na região conhecida como Chifre da África, a Somália também tem um dos maiores índices de mortalidade infantil do mundo.

Todo esse contexto já destaca fortes desafios que a comunidade cristã precisa enfrentar para se manter de pé na Somália. No entanto, a perseguição de grupos extremistas muçulmanos e dos clãs prejudica e limita ainda mais o trabalho das igrejas locais.

O islã é considerado a religião oficial do Estado, e de acordo com o Artigo 2 da Constituição Somali, “nenhuma outra religião além do islamismo pode ser propagada no país”.

Segundo a Portas Abertas, grupos extremistas que atuam principalmente nas áreas rurais, como Al-Shabaab, tem como objetivo declarado de eliminar a presença cristã na Somália. Com isso, os cristãos que vivem nessas regiões fora do controle do governo, tornam-se mais vulneráveis, sem qualquer tipo de proteção contra os ataques. Muitos líderes são assassinados.

Os clãs também são mais fortes no interior do país, e apenas a suspeita de conversão ao cristianismo é suficiente para que os anciãos e familiares monitorem cada passo do indivíduo. Os poucos cristãos que sobreviveram no país vivem a fé de maneira secreta e, quando descobertos, enfrentam um nível extremo de violência.

Com informações Portas Abertas

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