Mulheres com idades entre 40 a 49 anos, mesmo sem sinais ou sintomas de câncer, terão acesso a mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS). A detecção precoce da doença aumenta as chances de cura dessa faixa etária representada por 23% dos casos. A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na semana passada (23). A recomendação é que o exame seja feito sob demanda, em decisão conjunta com o profissional de saúde. A paciente deve ser orientada sobre os benefícios e desvantagens de fazer o rastreamento.
Outra medida é a ampliação da faixa etária para o rastreamento ativo. A idade limite, que era de 69 anos, passará a ser até 74 anos. Quase 60% dos casos da doença estão concentrados dos 50 aos 74 anos e o envelhecimento é um fator de risco para o câncer de mama. A ampliação do acesso à mamografia no Brasil reforça o compromisso em garantir diagnóstico precoce e cuidado integral às brasileiras. O câncer de mama é o mais comum e o que mais mata mulheres, com 37 mil casos por ano.
O Ministério da Saúde define o câncer de mama como uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Sobre os diversos tipos de câncer de mama, a maioria apresenta um bom prognóstico e melhores resultados estéticos, quando tratados adequadamente.
Embora raro, representando apenas 1% do total da doença, os homens também podem ter câncer de mama. Por ser raro, no caso deles não há recomendação para a realização de mamografia de rotina. O aumento da mama no homem é chamada de ginecomastia – aumento do tecido mamário masculino causado por um desequilíbrio hormonal.
Sintomas que podem ser sinais de câncer de mama: nódulos e inchaços (que pode ou não ser indolor); alterações na pele; alterações no mamilo; nódulos no pescoço ou axilas, entre outras, como dor unilateral da mama e secreção pelo mamilo. Muitos casos de câncer de mama em estágio inicial podem não apresentar sintomas, por isso, o acompanhamento com exames de rastreamento é essencial para o diagnóstico precoce.
Obs: Os assuntos tratados nessa editoria seguem uma linha informativa, e a mesma não se responsabiliza em tratar diagnósticos. Em caso de apresentação de algum sintoma, um médico especialista deverá ser consultado.
Por Ezequias Gadelha / Com informações Ministério da Saúde