Ataque de extremistas no distrito de Seytanga no norte de Burkina Faso, próximo à fronteira com o Níger, resultou na morte de mais de 100 pessoas no último sábado (18).

O número exato de mortos ainda é contestado, mas algumas fontes relatam que pode chegar a 165. Apesar da autoria do crime ainda não ter sido reinvidicada por nenhum grupo terrorista, as evidências indicam que tenha sido cometido pelo Estado Islâmico ou a Al-Qaeda.

O ataque provocou o deslocamento de mais de 3 mil pessoas, que fugiram para a região próxima de Dori. Conforme relatado por um sobrevivente ao Christian Post, os terroristas entraram na cidade e abriram fogo nas pessoas.

“Eles visavam apenas homens. Eles iam de loja em loja, às vezes incendiando-a. Eles abriram fogo contra qualquer um que tentasse fugir. Eles ficaram na cidade a noite toda”, contou o sobrevivente.

De acordo com relatórios publicados nesta terça-feira (21), 79 corpos haviam sido recuperados.

Lionel Bilgo, porta-voz do governo disse na segunda (20) que o ataque foi “retaliação pelas ações do exército que causaram derramamento de sangue” para os grupos extremistas.

As Nações Unidas e a União Europeia condenaram o ataque e defenderam uma investigação mais aprofundada. A ONU disse em um comunicado que os agressores “fizeram muitas vítimas”.

A International Christian Concern (ICC) destacou que “o ataque faz parte de um esforço de insurgência maior que vem acontecendo desde 2016”.

Segundo um relatório da ONU, estima-se que desde janeiro de 2022, cerca de 2 milhões de pessoas foram deslocadas, o que significa um aumento de 50% em relação à 2021.

 

Com informações ICC

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