Yahya Sinouar, líder do movimento islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza, advertiu, neste sábado (30), sobre a possibilidade de uma “grande batalha” contra Israel no caso de uma nova “agressão” das forças israelenses na mesquita Al-Aqsa de Jerusalém.

A Esplanada das Mesquitas em Jerusalém tem sido palco de confrontos nas últimas semanas. Cerca de 300 palestinos foram feridos na área onde Al-Aqsa está localizada após operações do exército israelense na Cisjordânia ocupada.

Durante esses confrontos, a polícia israelense se colocou na Esplanada e também entrou uma vez na mesquita Al-Aqsa, disparando gás lacrimogêneo, o que provocou a indignação de palestinos e de países muçulmanos.

Durante um discurso, Yahya Sinouar, chefe do departamento político do Hamas na Faixa de Gaza bloqueada por Israel, disse que “aquele que tomasse a decisão de repetir aquilo tomaria ele mesmo a decisão de destruir milhares de sinagogas ao redor do mundo”.

Este raro discurso foi proferido no aniversário, de acordo com o calendário muçulmano, da guerra de 11 dias entre Israel e o Hamas em maio de 2021.

Ele também prestou tributo ao Irã, principal inimigo de Israel, e aos movimentos apoiados pela República Islâmica, incluindo o Hezbollah libanês, a Jihad Islâmica palestina e os rebeldes iemenitas Houthi.

Sinouar ameaçou a Israel dizendo que mais de mil foguetes seriam lançados em direção ao país pelo Hamas, em caso de “agressão” na Esplanada das Mesquitas no “Dia de Jerusalém”. Programado para o final de maio deste ano, este evento comemorado em Israel comemora a captura da parte palestina da Cidade Santa em 1967.

Nos últimos anos, o número de judeus visitando a Esplanada aumentou, atingindo um recorde em abril durante o Pessach, a Páscoa judaica. Apesar da proibição, muitos fiéis judeus são regularmente avistados rezando lá.

Com informações: G1 / Foto: Pixabay (Ilustrativa) – 02.05.2022

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