Na última semana, a Suprema Corte do Alabama, decidiu de forma inédita nos EUA, que embriões congelados em tubos de ensaio devem ser considerados crianças. A lei estadual estendeu as proteções para além dos nascituros no útero, para os nascituros fora dele.

A decisão foi elogiada por alguns evangélicos norte-americanos e vista como “um choque” para o mundo da medicina reprodutiva, principalmente para pessoas que recorreram ao procedimento de fertilização in vitro (FIV) no estado. De acordo com o Christianity Today (CT), ao menos um sistema hospitalar já suspendeu as realizações de tratamentos de FIV.

Apesar de a decisão não proibir o procedimento, a questão preocupa as clínicas de fertilização in vitro, devido aos muitos tratamentos resultados em sobras de embriões, que foram mantidos indefinidamente em gelo ou destruídos. Os estabelecimentos temem por implicações para eles e para o seu armazenamento.

Evangélicos e grupos pró-vida consideram importante discutir a questão do excesso de embriões provenientes da fertilização in vitro, a ética do próprio processo e a defesa da adoção de embriões. Após a anulação da Roe v. Wade, partes do movimento pró-vida evocaram a 14ª Emenda, que proíbe a privação de “qualquer pessoa da vida, liberdade ou propriedade”. O objetivo é de, pelas leis de personalidade fetal, proibir o aborto e garantir os direitos humanos na concepção.

A Suprema Corte do Alabama afirmou nesta sexta-feira (23), que os nascituros são abrangidos pela Lei de Morte Injusta de Menor, independentemente do “estágio de desenvolvimento, localização física ou quaisquer outras características acessórias”.

Nos EUA, os tratamentos de fertilidade como a fertilização in vitro estão se tornando cada vez mais comuns e a estimativa atual é que o país tenha 1,5 milhões de embriões congelados.

 

Com informações Christianity Today

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