Com o objetivo de discutir a recente decisão sobre o Mosteiro de Santa Catarina, localizado no sopé do Monte Sinai, o Ministro das Relações Exteriores grego, George Gerapetritis, se encontrou com seu colega egípcio, Badr Abdelatty, no Cairo, nesta semana. Monges ortodoxos que vivem no espaço há séculos poderão ficar desalojados, caso a abadia seja fechada e convertida em um museu.
O Monte Sinai tem sido, há muito tempo, central para a teologia e a peregrinação cristãs, acredita-se que seja o local onde Deus falou com Moisés através da sarça ardente e onde ele recebeu os Dez Mandamentos. Por esse motivo, o mosteiro é considerado uma das instituições religiosas mais antigas do mundo em funcionamento.
De acordo com o The Telegraph, a ordem judicial determinou que a terra pertencente ao Mosteiro de Santa Catarina, estabelecido entre 548 e 565 pelo imperador bizantino Justiniano I e reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO, fosse colocada sob propriedade do estado egípcio.
Mesmo que o presidente do país tenha dado garantias públicas de que o status religioso do mosteiro permaneceria intacto, líderes cristãos expressaram preocupação com a decisão do tribunal e a falta de clareza sobre sua implementação.
Segundo o Telegraph, a biblioteca do mosteiro abriga uma extensa coleção de manuscritos cristãos antigos e arte religiosa bizantina, incluindo mosaicos e ícones considerados insubstituíveis. Há uma crescente ansiedade de que qualquer conversão do local em um museu coloque esses tesouros e a vida espiritual do mosteiro em risco.
O In Defense of Christians, um grupo de defesa sediado nos EUA focado na proteção de cristãos e outras minorias religiosas no Oriente Médio disse que a decisão do tribunal representa uma séria ameaça à independência e aos direitos históricos.
Redação CPAD News / Com informações The Christian Post