Nesta terça-feira (12), centenas de jovens se reuniram para anunciar o Evangelho e levar vidas a Jesus na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, mas encontraram um desafio ao serem barrados da instituição.
O “Aviva Universitário”, que tem realizado cultos dentro de universidades por todo o país, como a UFMG, UnB, Praça Universitária em Goiânia (GO), USP e outras, planejava realizar o último evento evangelístico no anfiteatro dentro do Campus do Vale da UFRGS.
De acordo com o evangelista Lucas Teodoro, que lidera a missão, foram enviados dois documentos formais à universidade, porém, a reitoria recusou a solicitação de utilização do espaço, sem justificar o motivo da recusa.
Na véspera da data planejada (11), Lucas e Bruno Franzoso, líder do grupo de estudantes cristãos da UFRGS REDE, foram ao anfiteatro orar pelo local que hospedaria o culto, mas os seguranças da universidade disseram que eles não podiam estar ali.
Já no dia do evento, a equipe do Aviva chegou uma hora antes do horário marcado e foi novamente impedida de usar o local público dentro da universidade. Então, conforme os participantes foram chegando, começaram a se reunir em um canteiro na entrada da instituição. Ao observar a movimentação e montagem do som, um segurança da UFRGS teria abordado os líderes da missão de forma ríspida.
“Ele disse: ‘Esse culto não vai acontecer aqui, vocês têm que sair, não estou nem aí’”, contou Lucas Teodoro, ao Guiame, que esteve presente no encontro e informou que o líder teria sido puxado pelo braço.
Após serem impedidos mais uma vez de iniciar o culto, o grupo com cerca de 500 participantes decidiu se reunir do outro lado da rua, em uma rótula, em frente à UFRGS. Apesar de os seguranças permanecerem posicionados na entrada da universidade com três veículos da Polícia Universitária Federal, o culto seguiu em frente e atraiu mais estudantes, inclusive, de outras instituições.
“Fomos expulsos da universidade, fomos expulsos da porta da universidade, mas viemos para o meio da rua para declarar que o inferno já perdeu, que existe um Cristo vivo. Nós já vencemos há 2 mil anos atrás. Eu creio que, hoje lá dentro está rolando festas, mas daqui a pouco vai estar rolando cultos”, declarou Lucas.
Conforme relatado pelo Guiame, os participantes fizeram um momento de intercessão com as mãos levantadas em direção à UFRGS, pedindo por um despertar espiritual entre os estudantes e funcionários.
Alguns cristãos se colocaram de joelhos, e clamaram perdão pelos pecados cometidos dentro da faculdade.
“Não estamos fazendo um movimento contra a universidade e contra a reitoria. Você que é aluno abençoe o corpo docente e o corpo discente, porque você é uma luz”, incentivou Gilberto Araújo, professor de História e Antropologia e líder do movimento “Fire Universitário”.
Lucas também ressaltou aos participantes para que seguissem em espírito de adoração. “Os seguranças não são nossos inimigos, a reitora e o pessoal da universidade não são nossos inimigos, estamos aqui para levantar um altar de adoração nesse lugar”, disse.
Durante o culto, alguns jovens entregaram folhetos evangelísticos para os motoristas que paravam no semáforo.
Na pregação, Lucas Teodoro falou sobre o arrependimento e a necessidade de crer em Jesus para salvação. E, cerca de 15 pessoas decidiram entregar suas vidas a Jesus, entre elas, uma criança de 9 anos. Segundo a equipe da missão, curas de enfermidades também foram registradas.
“As multidões estão com sede. Quando nós postamos que vai ter um culto na universidade, o grupo [do evento] enche muito rápido, em questão de horas. As pessoas estão com sede da Palavra de Deus”, testemunhou Teodoro.
Para o líder da missão, o impedimento de realizar o culto no loca planejado, foi um caso de discriminação religiosa por parte da UFRGS, já que outras manifestações religiosas conseguem a permissão de usar seu espaço público, como exemplo, apresentações de religiões de matriz africana e até festas marcadas pelo consumo de álcool, drogas e orgias.
A missão testemunha que todos os cultos evangelísticos realizados pela “Aviva Universitário” costumam ser marcados por quebrantamento, curas e salvação.
“Estamos vendo muitos milagres! Os estudantes cristãos estão se unindo, aqueles que estavam com medo de professar sua fé na universidade agora estão entusiasmados e com ousadia”, relatou Lucas, em entrevista ao Guiame.
Redação CPAD News/ Com informações Guiame