Nesta quarta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto de implementação da TV 3.0, a nova geração da tecnologia de televisão aberta e gratuita brasileira.
O governo prevê que a novidade entre no ar em junho de 2026, a tempo da próxima Copa do Mundo. Porém, a expansão da cobertura para todo o território nacional acontecerá de forma gradual, com um período de convivência entre o sinal da TV digital e o da TV 3.0, levando cerca de 15 anos.
O Brasil será o primeiro país das Américas a implantar a TV 3.0 e o avanço é considerado também uma questão de soberania nacional.
“Esse decreto representa o que vai ser a nossa visão de futuro sobre a agenda digital e tecnológica, com abertura, cooperação e soberania. Aliás, a soberania hoje é um grande tema que une todo o país. Não só a soberania, mas soberania digital. Tudo tem a ver com a TV digital que está sendo implementada agora”, afirmou o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira.
A TV 3.0 possibilitará o uso de aplicativos, onde os telespectadores poderão interagir como parte da programação e até mesmo fazer compras diretamente de seu televisor. A novidade abre, inclusive, novas possibilidades de geração de receitas às emissoras.
Com a inovação, os canais terão condições técnicas de passar a oferecer, além do sinal aberto já transmitido em tempo real, conteúdos adicionais sob demanda, como séries, jogos, programas e outras possibilidades.
Os novos aparelhos da TV 3.0 deverão vir de fábrica com a primeira tela apresentando um catálogo de canais de televisão abertos, diferente da interface atual das SmartTVs que priorizam os aplicativos de serviços de mídia sob demanda (OTT, na sigla em inglês), e acabam tirando a visibilidade dos canais abertos.
Para o ministro das Comunicações, Frederico Siqueira Filho, este é um “momento histórico” porque fortalece a televisão aberta para continuar sendo um espaço de encontro democrático e popular.
“A televisão vai continuar gratuita, como o brasileiro já conhece, mas com a conexão à internet. O Brasil possui cerca de 80 milhões de domicílios e mais de 75 milhões deles têm sinal de televisão. Por outro lado, 75 milhões de lares têm internet. Vamos integrar digital com TV para que a gente possa evoluir na prestação de serviço na cidadania. A televisão aberta é um ponto de encontro do povo brasileiro e precisa evoluir para continuar sendo popular e democrática”, explicou o ministro.
Com informações Agência Brasil