O Paquistão é um dos países considerados mais vulneráveis a eventos climáticos extremos no mundo. Desde o dia 26 de junho, monções (fenômeno atmosférico caracterizado pela alteração sazonal na direção dos ventos) e chuvas provocaram danos devastadores para a população, deixando cerca de 800 mortos e centenas de feridos e desaparecidos.
Enchentes violentas atingiram vilarejos localizados no noroeste do país e, ao menos, 479 pessoas morreram, conforme relatos da autoridades locais. As chuvas e inundações repentinas, também destruíram mais de dez vilarejos na região de Buner, na província de Khyber Pakhtunkhwa. Há estimativa que dezenas de pessoas ainda estejam presas sob a lama espessa e os escombros.
Na província de Punjab, no leste, foram registradas 165 mortes. A Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) atualizou, em comunicado nesta segunda-feira (25), o número total de mortos para 799 e feridos para 1.080, considerando os registrados das últimas 24 horas.
Segundo a agência iraniana Tasnim News, a NDMA informou que dentre os mortos, 477 são homens, 119 mulheres e 203 crianças. Além disso, 7.175 casas foram danificadas e 5.552 animais de criação morreram em todo o país.
De acordo com o Departamento Meteorológico do Paquistão (PMD), ainda nesta segunda (25), deve ocorrer fortes chuvas e deslizamentos de terra em várias partes do país. A previsão é que as chuvas só reduzam a partir do dia 10 de setembro.
Na última sexta-feira (22), o Vatican News informou que uma rede de comunidades cristãs no Paquistão central, se mobilizou para ajudar os deslocados.
“Igrejas, escolas e paróquias abriram suas portas e estão oferecendo abrigo a quem precisa de tudo, de comida a abrigo: os refugiados são muçulmanos e cristãos, não faz diferença, estamos estendendo a mão aos pobres, desfavorecidos e desesperados”, observa o Pe. Francis Gulzar, pároco da Igreja de São José em Gujranwala, na Arquidiocese de Lahore.
Em 2022, as chuvas e inundações na época das monções no Paquistão, causaram mais de 1.700 mortos e perdas econômicas superiores ao equivalente a 30 bilhões de euros.
Com informações Metrópoles, LUSA, Vatican News e CNN Brasil