Após o resultado eleitoral, os cristãos seguem sem uma representativa efetiva no parlamento iraquiano. A população elegeu 329 candidatos, no entanto, apenas cinco defendem os cristãos.
Dos eleitos, 46 pertencem ao partido do atual primeiro-ministro, Mohammed Shia al-Sudani. Apesar de garantir a maior bancada, o grupo político não alcança a maioria necessária para formar governo sozinho.
O modelo político do Iraque estabelece cotas para garantir representação às minorias. No caso da comunidade cristã, são destinadas cinco cadeiras no Parlamento. Duas delas foram preenchidas por integrantes do Babylon Movement (grupo que mantém bom relacionamento com o governo iraniano), já as outras três vagas foram ocupadas por candidatos cristãos independentes.
De acordo com os números oficiais, cerca de 56% dos mais de 21 milhões de cidadãos aptos a votar, compareceram nestas eleições. Esta foi uma das maiores taxas de presença dos últimos anos.
O próximo passso é a formação de uma aliança entre partidos, mas isso não deve ocorrer de imediato. Segundo a Portas Abertas, líderes cristãos denunciaram à imprensa tentativas de interferência no resultado das eleições.
“Ainda é muito cedo para falar sobre mudanças no país. Os partidos ainda estão formando suas alianças, mas no geral, pensamos que não haverá nada de novo porque os mesmos grandes partidos continuam no controle. Os cristãos estão esperando para ver como o novo governo será formado. Nós oramos para que nossos representantes sejam verdadeiramente a nossa voz”, afirmou um cristão iraquiano à Portas Abertas.
Redação CPAD News/ Com informações Portas Abertas
