Nesta terça-feira (16), Israel começou uma ofensiva terrestre para ocupar a Cidade de Gaza e o primeiro ministro daquele país, Benjamin Netanyahu, considera o último reduto do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Segundo o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, “Gaza está em chamas” e o seu Exército está “atacando com punho de ferro” a estrutura terrorista para libertar reféns e derrotar o Hamas.
Um oficial militar israelense disse que a parte principal da ofensiva começou e que as tropas israelenses estão avançando mais profundamente na cidade em direção ao centro. Antes disso, Israel fez durante cerca de um mês um cerco à cidade com bombardeios diários e a derrubada de dezenas de arranha-céus na região.
O Alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu para que Israel parasse com sua destruição indiscriminada de Gaza. A agência da ONU para a infância disse ser “desumano” exigir que crianças tenham que evacuar a cidade.
Ainda nesta terça-feira, a ONU divulgou um inquérito independente onde concluiu que Israel estava cometendo genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza. De acordo com os investigadores, as tropas israelenses cometeram quatro dos cinco atos genocidas definidos pela Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime e Genocídio, de 1948.
Os investigadores também analisaram o bloqueio parcial imposto por Israel em relação à entrada de ajuda humanitária em Gaza. Segundo eles, quase um milhão de pessoas permanecem na Cidade de Gaza, onde muitos apresentam quadros de desnutrição grave, enquanto outros morrem de fome.
Ainda foram observadas denúncias da “destruição sistemática” da saúde e da educação em Gaza, sobretudo devido aos bombardeios israelenses contra hospitais e escolas, e atos “sistemáticos” de violência sexual e de gênero contra a população palestina.
O ataque terrestre ocorre após o gabinete de Netanyahu aprovar, no início de agosto, um plano para tomar toda a Faixa de Gaza, começando pela Cidade de Gaza.
Redação CPAD News / Com informações G1 e SBT News