Há alguns dias, os brasileiros acompanham o caso do chef de cozinha Eduardo Sanches Guedes, ou Edu Guedes, de 51 anos, que realizou um procedimento cirúrgico delicado para a retirada de tumor no pâncreas. A cirurgia, que durou aproximadamente seis horas, foi realizada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, no dia 05 de julho. O câncer foi descoberto quando o ele realizava exames em decorrência de uma crise renal.
Localizado atrás do estômago e entre o duodeno e o baço, o pâncreas é uma glândula mista, de aproximadamente 15 cm, que faz parte tanto do sistema digestivo, quanto do sistema endócrino. Esse órgão é responsável por produzir enzimas que auxiliam na quebra de alimentos e também hormônios como a insulina, que regula os níveis de açúcar no sangue. Quando um tumor maligno se forma nessa região, a capacidade do corpo de digerir alimentos e equilibrar o açúcar pode ser rapidamente comprometida.

O câncer pancreático é conhecido pela dificuldade no diagnóstico precoce e pela alta taxa de mortalidade. Ele é considerado um tumor agressivo e os sintomas costumam surgir apenas quando a doença já está em estágio avançado.
De acordo com especialistas, a melhor forma de prevenção do câncer de pâncreas é prevenção primária, ter um estilo de vida saudável, praticar exercício físico regularmente, se alimentar bem, combater a obesidade e o sedentarismo, entre outros cuidados. Ao contrário de outros cânceres, como o de mama e próstata, por exemplo, o de pâncreas não possui um protocolo de rastreamento, ou seja, não há uma recomendação de exames de rotina que visem o diagnóstico precoce da doença.
Por ser uma doença de evolução silenciosa, os sintomas muitas vezes passam despercebidos ou são confundidos com os de outras enfermidades. Entre os principais sintomas estão: dor abdominal persistente (podendo irradiar para as costas); perda de peso repentina e sem causa aparente, fadiga intensa; icterícia (pele e olhos amarelados); urina escura e fezes esbranquiçadas; náuseas e perda de apetite.
Os fatores de risco estão ligados ao tabagismo, excesso de gordura corporal, diabetes mellitus e pancreatite crônica não hereditária.
Obs: Os assuntos tratados nessa editoria seguem uma linha informativa, e a mesma não se responsabiliza em tratar diagnósticos. Em caso de apresentação de algum sintoma, um médico especialista deverá ser consultado.
Por Ezequias Gadelha / Com informações: G1