Anwar Kenneth, de 72 anos, foi inocentado do crime de blasfêmia pela Suprema Corte do Paquistão na semana passada. O cristão, que já estava há 23 anos no corredor da morte, será solto em alguns dias após o veredito de que “uma pessoa nessas condições mentais não pode ser considerada culpada desse tipo de crime”.
A decisão dos juízes causou alvoroço entre os ativistas presentes no local. Segundo o conselheiro da defesa, Rana Abdul Hameed, “o caso de Kenneth abre precedentes para decisões semelhantes no futuro, o que é uma ofensa grave para esses grupos.” Durante a sessão jurídica, advogados islâmicos exigiram que pena de morte fosse cumprida.
Em 2001, Kenneth foi preso por enviar cartas consideradas blasfemas contra Maomé e o Alcorão. O crime de blasfêmia é punido com sentença de morte no país, que está na 8ª colocação na Lista Mundial da Perseguição 2025, segundo a Portas Abertas.
Em julho de 2002, ele foi sentenciado à morte ao declarar: “Deus é meu conselheiro”. Cinco advogados de Lahore se recusaram a representá-lo ao longo de duas décadas.
Redação CPAD News / Com informações: Portas Abertas