Com base nos alertas emitidos pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), na plataforma TerraBrasilis, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicou uma tendência de crescimento do desmatamento na Amazônia.
Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (8), apesar do período entre agosto do ano passado e abril deste ano ter mostrado uma queda de 5% no desmatamento, o último mês apresentou um aumento de 55% nos alertas de supressão florestal, em comparação com abril de 2024.
O Inpe informou que a maioria dos alertas de desmatamento recente ocorreram em áreas do Amazonas, Mato Grosso e Pará. Antes desse repique de alta, a queda no desmatamento, entre janeiro e abril deste ano, já vinha mostrando desaceleração, caindo apenas 1%.
O índice preocupa as autoridades ambientais do governo federal, pela proximidade do período de estiagem e temporada do fogo, quando áreas desmatadas costumam ser queimadas, causando grandes perdas.
De acordo com o G1, o governo informou que está acompanhando os dados e tem reforçado ações no combate ao desmatamento nos biomas brasileiros. Uma das ações divulgada, foi a autorização, nesta sexta (9), na contratação de brigadistas federais em 17 estados. São eles: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins.
“Nós estamos identificando uma possível reversão na curva de queda do desmatamento. E o mês de abril chama atenção porque foi um aumento significativo em relação à série que vínhamos tendo. Então, [houve] uma reunião da comissão interministerial [de controle e combate ao desmatamento] para conhecer esses números em detalhe e convocar o conjunto dos órgãos para, nos próximos dias, temos aí cerca de duas semanas, segundo combinamos, para organizar e reajustar as medidas, identificando os principais focos onde isso ocorreu, onde estão concentrados, quais são os principais vetores e fazer os ajustes para manter o desmatamento em queda”, afirmou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, durante entrevista à imprensa.
Capobianco ainda ressaltou que “o objetivo é chegar em 31 de julho com o desmatamento em queda em relação ao ano anterior”.
Redação CPAD News/ Com informações Agência Brasil e G1