Missionários com anos de atuação na África destacam a necessidade de estratégias que fortaleçam a presença cristã no continente. O alerta expõe que, ao contrário do que muitos pensam, há vastas regiões que ainda não tiveram acesso pleno ao Evangelho.
“O Senegal é menos evangélico que o Irã”, declara Josh Rivers, do Conselho de Missões Internacionais que atua a mais de 20 anos na África Ocidental. Ele conta que o islamismo predomina em países como o Senegal, Guiné, Mali e Níger, onde a presença de igrejas é escassa, e as poucas que possuem são concentradas nas capitais.
São diversos os fatores que dificultam a expansão do Cristianismo nessas regiões. Além das barreiras culturais, instabilidade política e a geografia hostil, os missionários enfrentam a insegurança em áreas afetadas por conflitos armados.
Em muitos casos, a permanência dos voluntários em regiões remotas é afetada, em outros, sequer houve ainda a possibilidade de acesso de quem leve o Evangelho até lá.
De acordo com a missionária Beth, que também atua no Senegal, 95% da população senegalesa é muçulmana, enquanto os cristãos evangélicos representam apenas 0,19%.
“Das 343 pessoas que morrem diariamente no país, quase todas partem sem conhecer Cristo. São 14 vidas por hora entrando na eternidade sem o Evangelho”, afirma ela reforçando o cenário preocupante.
Beth destaca que o trabalho missionário na África, envolvendo o esforço de igrejas ao redor do mundo, é urgente. Ela conta que a sua equipe com apenas nove missionários se dedica para atender uma população de 12 milhões, distribuída em uma área semelhante ao estado de Dakota do Sul, nos EUA. “Esse desafio se repete em outras regiões. Precisamos de igrejas e indivíduos dispostos a preencher essas lacunas”, afirma.
Josh também reforça o apelo para que igrejas em todas as nações, especialmente nos Estados Unidos, adotem aldeias, invistam em formação de líderes locais e contribuam para o surgimento de comunidades multiplicadoras. “Jesus vale o esforço de ir aonde o Evangelho ainda não chegou. A missão continua — e há muito por fazer”, afirma o missionário.
Com informações Comunhão