Na madrugada desta terça-feira (14), às 0h32, uma ocorrência no Sistema Interligado Nacional (SIN), provocou a interrupção de cerca de 10.000 megawatts (MW) de carga, afetando os quatro subsistemas do Brasil: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
O SIN cobre quase todo o país e é o responsável pela transmissão de energia entre as regiões. Além do Distrito Federal, ao menos 17 estados foram impactados pelo apagão, sendo eles: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a falha foi provocada por um incêndio em um reator na Subestação de Bateias, no Paraná, desligando toda a subestação de 500 kilovolts (kV).
“Assim que identificou a situação, o ONS iniciou ação conjunta com os agentes para restabelecer a energia nas regiões”, afirmou nota.
Ainda no comunicado, o ONS ressaltou que “o retorno dos equipamentos e a recomposição das cargas se deu de maneira segura, logo nos primeiros minutos, sendo que, em até uma hora e meia, todas as cargas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste foram restabelecidas. As cargas da Região Sul foram recompostas totalmente por volta de duas horas e meia após a ocorrência”, diz o texto.
Durante o programa Bom Dia, transmitido pelo Canal Gov, nesta manhã (14), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que o incêndio em subestação no Paraná foi pontual, e que não houve “falta de energia”.
“Foi um problema na infraestrutura que transmite a energia. Então, portanto, quando se fala em apagão, a gente sempre liga para aqueles tristes episódios de 2001 e de 2021, que na verdade aconteceram por falta de energia e falta de planejamento. Hoje não. Hoje nós temos muita energia”, afirmou o ministro, que também confirmou que fará uma reunião com os principais agentes envolvidos para identificar a causa da ocorrência, ainda nesta terça.
Redação CPAD News/ Com informações G1, Agência Brasil e Agência Gov