Em uma mesma empresa há funcionários de várias gerações, uns estão ali há mais de 20 anos, alguns estão com menos de 10 e outros, na maioria jovens, estão há 1 ano. Como essas gerações reagem quando o assunto é estabilidade no trabalho?
No Brasil, os jovens da geração Z (1997-2012), que tem entre 18 a 24 anos, ficam em média um ano no mesmo emprego, enquanto a geração Baby Boomers (1946-1964) costuma permanecer por décadas na mesma empresa. Os dados são resultados de um levantamento do Ministério do Trabalho. Só em 2024, a rotatividade da geração Z chegou a 96,2%.
Essa rotatividade de emprego é chamada de “job hopping”. O termo descreve a prática de mudar de empresa em poucos meses. Essa tendência é muito aceita entre os jovens, que buscam melhor salário, crescimento profissional, flexibilidade, condições de trabalho mais favoráveis e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Outros motivos podem ser o estresse, problemas de saúde mental e baixa flexibilidade. Antigamente, a prática era vista de forma negativa, mas tem ganhado aceitação e transformando-se em uma estratégia para acumular experiência e aumentar o potencial de ganhos.
A geração millennials (1981-1996) busca propósito, motivação e desafios constantes na empresa. Alguns permanecem por bastante tempo na empresa porque encontraram motivação e oportunidades de crescimento. Já a geração X (1965 – 1980) procura manter a estabilidade dentro do mercado de trabalho, embora sejam mais flexíveis à mudança do que os da geração Baby Boomers.
Segundo o sociólogo do trabalho, Ricardo Nunes, o “comportamento da geração Z é fruto direto das transformações estruturais econômicas nas últimas décadas.”, disse em entrevista ao G1.
As gerações mais antigas valorizam o tempo de empresa (estabilidade) com a promessa de recompensa futura. “O lema era: trabalho agora para viver melhor depois”, explica Ricardo Nunes. Diferente das outras gerações, principalmente, da geração Z que o trabalho precisa oferecer aprendizado constante. E quando não ocorre, é a hora de sair.
E em qual geração você se encontra?
Por Luciene Saviolli / Com informações G1 e Ministério do Trabalho e Emprego