Quando o Espírito Santo foi derramado à Igreja por ocasião da Festa do Pentecostes, Pedro reconheceu o acontecido como cumprimento da profecia de Joel, ao afirmar categoricamente: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel” (Atos 2.16), para em seguida citar a profecia completa nos versículos 17 a 21.
Pedro também, em sua preleção, compreendeu que a capacitação dada pelo Espírito no Pentecostes confirmava a plenitude e o poder da nova aliança pelos méritos de Jesus Cristo: “Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis” (Atos 2.32-33).
Percebe-se, igualmente, que o apóstolo entendeu o derramamento do Espírito como característica singular da Nova Aliança cuja distribuição dos dons espirituais seria de maneira ampla – filhos e filhas, jovens e velhos, servos e servas (segundo as palavras do Profeta Joel) – e ainda que continuaria sendo derramado na vida daqueles que cressem em Cristo: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (Atos 2.38-39).
Diante dessa experiência e das constatações apostólicas, os assembleianos creem na contemporaneidade dos dons espirituais “porque a promessa diz respeito a todos e a tantos quantos Deus chamar”. E como o derramamento do Espírito deu-se no Pentecostes, os assembleianos preferem ser reconhecidos como “pentecostais”, e não como “carismáticos”.
Tal predileção pode ser explicada por uma tênue diferença no conceito de ambas as expressões. O termo “carismático”, em sua etimologia, significa que todos os dons são concedidos por Deus segundo a sua vontade. Dessa forma desraigada da crença da contemporaneidade, os dons são sempre carismáticos, ou seja, livremente outorgados. Por outro lado, o entendimento do termo “pentecostal”, entre demais conceitos, é referência àqueles que não apenas reconhecem os dons como dádivas concedidas por Deus, mas também creem em sua contemporaneidade.
Pense nisso!
Douglas Roberto de Almeida Baptista
Parabéns Pr. Douglas por mais este artigo. Assim com o próprio Deus, Sua Palavra é eterna. Por isso, os assembleianos tem todos os motivos para acreditar na contemporaneidade dos dons espirituais. Conforme exemplificado nos textos bíblicos citados no presente artigo, os dons do Espírito Santo é uma promessa de Deus para os crerem.
O ESPIRITO SANTO E O MESMO DE ONTEM DE HOJE E SEMPRE
O ESPIRITO SANTO E O MESMO DE ONTEM DE HOJE E SEMPRE
Deus abençoe Pastor Douglas, muito bom o comentário, é impossível acreditar que o poder e os dons do Espirito Santo estivessem presentes enquanto os apóstolos estivessem vivos , imagina a igreja desfrutando do poder e dos dons , mas preocupada se o último apóstolo estava vivo , se não deveriam interromper a manifestação do Espirito, é o cessacionismo incrédulo e sem poder procurando adeptos, Deus continue abençoando!
Apaz do senhor meu amado pastor. Muito boa esta explicação que Deus abençoe grandemente o Sr.
COM CERTEZA O ESPÍRITO CONTINUA OPERANDO, É PROMESSA DE JESUS! E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. João 14:16,17
Douglas Baptista é pastor, líder da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal, doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Bibliologia, e licenciado em Educação Religiosa e Filosofia; presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Cristã Evangélica, do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e da Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil; e segundo-vice-presidente da Convenção dos Ministros Evangélicos das ADs de Brasília e Goiás, além de diretor geral do Instituto Brasileiro de Teologia e Ciências Humanas.